Até parece
que minha última idéia era deixar de ser Gay, ou algo preconceituoso que exalei
por estar ofendido e mal aceito por mim mesmo. Parece, ou melhor, parecia um
mesclado destas duas probabilidades.
Mas O Que Aconteceu?
Aquela parada gay não me deixou transtornado pelo fato de eu
estar diante de vários homossexuais e me sentir diferente deles. O verdadeiro
motivo do transtorno foi bem pessoal, por assim dizer.
Me decepcionei? Sim. Me senti orgulhoso de estar ali? Não.
Mas a culpa não foi de ninguém além de mim mesmo.
Eu enchi minha cara de vodka, beijei “milhões” de meninos, me
perdi dos amigos e dormi fora do local combinado. Quer mais? Não posso, pois
não me lembro...
O que me levou a escrever a postagem anterior foi a mágoa e a
impotência que me invadiu nos momentos da ressaca moral.
Eu estava perdido, fora do que acredito estar vivendo,
arrependido, não de ter ido lá, mas de não ter me comportado lá.
Tudo Bem?
Eu não estou mais no auge da adolescência, ainda não
atravessei completamente a ponte que me leva para uma vida adulta, mas eu estou
quase lá.
Sair por aí beijando todo mundo, sacudindo uma bandeira com
uma caneca de bebida na mão, com um óculos escuro nos olhos, fingindo dar pinta
e querendo aparecer já não faz mais o meu tipo.
Eu estou gostando de alguém, de verdade, e não quero mais
aquela vida de pegação dos meus 17 anos. Eu preciso amadurecer.
Mesmo que eu chegue a pensar barbaridades...
Que sou apenas um menino bonitinho que é usado para sexo, que
sou bem tratado apenas quando querem me comer e que não existe parceria ou
identificação com o fulano que estou me relacionando.
Eu sei que a realidade não é esta. Eu estou enganado. Só preciso
colocar os pés no chão.
Então pessoal...
Eu não estou desistindo de ser gay, mesmo porque isso é
impossível, por que eu nasci para gostar de homem mesmo e estou mais que bem
resolvido diante deste dilema.
Mas é que...
Eu não quero mais ninguém além dessa minha paixão que eu
guardo em segredo, fechada a sete chaves.
E para viver tudo isso eu não preciso me rotular, aparecer na
rua com o nome gay estampado na testa. Eu não preciso mostrar ou provar mais
nada para este o mundo, porque o preconceito já foi vencido e a partir de agora
tudo o que eu for viver será vivido entre as quatro paredes que entremeiam este
segredo.
O meu segredo, a minha vida, quem eu sou agora e não quem eu
fui um dia. É isso o que eu quero para mim e é isso que tentei explicar antes,
mesmo que distorcendo as palavras porque o que invadia meu emocional era a
culpa por ter regredido diante do meu objetivo presente.
Entenderam?
Pois bem... Mais uma vez peço desculpas e espero ter
conseguido explicar.
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