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Cinquenta por cento das pessoas são normais,

quarenta e nove fingem que são, o resto sou eu.

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Eu Desisto? Não... Eu Explico:

Até parece que minha última idéia era deixar de ser Gay, ou algo preconceituoso que exalei por estar ofendido e mal aceito por mim mesmo. Parece, ou melhor, parecia um mesclado destas duas probabilidades.


Mas O Que Aconteceu?

Aquela parada gay não me deixou transtornado pelo fato de eu estar diante de vários homossexuais e me sentir diferente deles. O verdadeiro motivo do transtorno foi bem pessoal, por assim dizer.
Me decepcionei? Sim. Me senti orgulhoso de estar ali? Não. Mas a culpa não foi de ninguém além de mim mesmo.
Eu enchi minha cara de vodka, beijei “milhões” de meninos, me perdi dos amigos e dormi fora do local combinado. Quer mais? Não posso, pois não me lembro...
O que me levou a escrever a postagem anterior foi a mágoa e a impotência que me invadiu nos momentos da ressaca moral.
Eu estava perdido, fora do que acredito estar vivendo, arrependido, não de ter ido lá, mas de não ter me comportado lá.

Tudo Bem?

Eu não estou mais no auge da adolescência, ainda não atravessei completamente a ponte que me leva para uma vida adulta, mas eu estou quase lá.
Sair por aí beijando todo mundo, sacudindo uma bandeira com uma caneca de bebida na mão, com um óculos escuro nos olhos, fingindo dar pinta e querendo aparecer já não faz mais o meu tipo.
Eu estou gostando de alguém, de verdade, e não quero mais aquela vida de pegação dos meus 17 anos. Eu preciso amadurecer.
Mesmo que eu chegue a pensar barbaridades...
Que sou apenas um menino bonitinho que é usado para sexo, que sou bem tratado apenas quando querem me comer e que não existe parceria ou identificação com o fulano que estou me relacionando.
Eu sei que a realidade não é esta. Eu estou enganado. Só preciso colocar os pés no chão.
Então pessoal...
Eu não estou desistindo de ser gay, mesmo porque isso é impossível, por que eu nasci para gostar de homem mesmo e estou mais que bem resolvido diante deste dilema.
Mas é que...
Eu não quero mais ninguém além dessa minha paixão que eu guardo em segredo, fechada a sete chaves.
E para viver tudo isso eu não preciso me rotular, aparecer na rua com o nome gay estampado na testa. Eu não preciso mostrar ou provar mais nada para este o mundo, porque o preconceito já foi vencido e a partir de agora tudo o que eu for viver será vivido entre as quatro paredes que entremeiam este segredo.
O meu segredo, a minha vida, quem eu sou agora e não quem eu fui um dia. É isso o que eu quero para mim e é isso que tentei explicar antes, mesmo que distorcendo as palavras porque o que invadia meu emocional era a culpa por ter regredido diante do meu objetivo presente.
Entenderam?

Pois bem... Mais uma vez peço desculpas e espero ter conseguido explicar. 

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