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Cinquenta por cento das pessoas são normais,

quarenta e nove fingem que são, o resto sou eu.

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Insatisfeito:

Fico imaginando como eu seria se minhas prioridades não fossem os garotos, se eles não fossem o que mais se passa pela minha cabeça. Eu até já tentei, tento todos os dias, para ser sincero... Mas não consigo me controlar e sempre acordo pensando no que um ou outro me fizeram, na dor que empurraram em meu coração.
Por anos eu não sei o que é me focar em outra coisa. Interessar-me pelo trabalho ou por algum projeto que possa me ajudar a crescer. Dedicar-me à família, ajudar meu pai que precisa de apoio, ou meu irmão com suas tarefas de estudante. Me sentir satisfeito em apenas ser um bom filho, deixar os vícios de lado, estudar alguma coisa bem a fundo para desenvolver a inteligência...
Eu não me conformo! Tanta coisa produtiva para se fazer e eu aqui, me torturando por causa de relacionamentos que nunca dão certo, perdendo meu tempo com pessoas que nem pensam em mim.
Eu queria entender por que isso acontece comigo. Seria um carma que terei de carregar pelo resto dessa vida? Será que nasci para viver essas experiências, sem nunca me dar bem, só para aprender com me sentir iludido e destruído pela desilusão?
Se eu já deixei de acreditar no amor, se não acredito mais que poderei conhecer alguém que possa me corresponder de verdade, se já sei que todos eles me farão a mesma coisa e o fim sempre será o mesmo, porque ainda penso neles? Eu não quero mais me envolver com ninguém, essa é a verdade. Mas parece que o querer não é poder, que sou fraco e posso me entregar na primeira oportunidade, que não sei dizer não e que parece que desejo no fundo sofrer mais uma vez.

É desconexo, eu sei... Mas estou tentando, eu juro que estou tentando. Quem sabe um dia eu possa estar certo de que consegui ficar sozinho de verdade, sem estar pensando em ninguém.

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