...

Cinquenta por cento das pessoas são normais,

quarenta e nove fingem que são, o resto sou eu.

................................................................................................

................................................................................................

Visão de Pessimismo:

            "Me sinto estranho e isso é tudo. Talvez eu tenha conhecido o sofrimento, me acostumado e acomodado ao ponto de me tornar dependente dele."

Eu olho para trás e só vejo coisas que eu me arrependo de ter feito. Me arrependo de ter aberto os olhos, expulsado as ilusões para bem longe, começar a viver como alguém que se preocupa com o que pode acontecer.
            Realmente, sinto falta daquela venda que costumava me esconder a verdade. Dói menos quando a gente acredita que o mundo é um bom lugar, que as pessoas são felizes e que tudo passa nessa vida.
Não, para mim não passa...
E mesmo quando consigo superar uma decepção, cicatrizes me fazem lembrar que elas existiram. Basta olhar para elas para reviver mentalmente toda a dor sentida antes.
Eu gostaria de pedir perdão, mas por onde começar?
Assumindo a culpa? Culpa de ser apenas um ser humano que só aprende com os erros? Culpa por tentar fazer o melhor e acabar estragando tudo?
Sim, eu gostaria de pedir perdão a todos que já passaram pela minha vida, se espantaram com ela e fugiram assustados. Gostaria, e muito, de passar uma borracha em todo aquele passado (onde eu era pior do que sou hoje) e fingir que nada aconteceu.
Eu não nasci com um problema no coração, usei drogas, tentei me matar, aceitar o pai alcoólatra que tenho para que as pessoas pudessem sentir pena. Não fui rebelde para destruir a minha imagem e fazer com que olhassem para mim da forma que olham hoje.
Eu não tive toda a minha história para estar largado aqui nesse momento, sem esperanças, com medo, mal amado, incompreendido, não-correspondido. Eu só preciso entender...
Entender que ninguém é melhor do que eu e que não existe o bom e o mau caminho, mas apenas um caminho diferente para cada um.
Eu escolhi a dor.
Pois é... Também me arrependo disso. Mas e se eu estivesse usando um terno agora?
Realmente é estranho e nada se conclui nas entrelinhas, mas eu continuo escrevendo.
Milhões de vezes eu tentei não me guiar pelo coração e em cada tentativa fui empurrado por ele. Tentei perdoar os algozes, orar pelos menos evoluídos, amar incondicionalmente, bem... Este era eu há alguns meses atrás, mas agora...
Só a confusão habita em mim e até mesmo acordar na manhã seguinte acaba se tornando uma incógnita.

Será que isso vai passar?

1 Comentário:

Guilherme Augusto disse...

Passa se você quiser... já tive meu tempo de pessimismo, mas quanto mais aprendi sobre as pessoas, mais entendi sobre mim mesmo... :)

Postar um comentário

 
Gabriel Myslinsky © Copyright | Template By Mundo Blogger |