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Cinquenta por cento das pessoas são normais,

quarenta e nove fingem que são, o resto sou eu.

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Descompassada Voltade:

Desistir, logo eu, quem diria? Mais uma daquelas necessidades da razão, afogando o coração de uma forma que assusta (de novo).
Acostumado eu já estou. O difícil é esquecer. Mas eu preciso mesmo esquecer?
E as lutas, o esforço desempenhado, tudo o que eu fiz até agora, como fica? Será que a vida trabalha apenas para te punir depois pelo valor que não me destes? Para te fazer sentir as mesmas dores que hoje sinto por causa do teu comportamento?
Não faz sentido, eu queria que fosse mais.
Eu devo ter pisado muito, arrasado com muita gente para merecer essa decepção. Mas porque logo você? Você que ainda não tem dívidas deve servir de instrumento para que eu pague as minhas?
Eu não quero as consequências do teu lado. Eu não quero saber de te ver sofrendo por culpa desse sofrimento que me causou.
Eu sou forte, mas você suportaria?
Não, eu não posso pensar nisso agora. Preciso rezar. Oh Deus, ele vai enganar a vida e não vai ser submetido ás leis de causa e efeito.
Eu sempre dei minha carne para sangrar em seu lugar. É mais justo para alguém que gosta da dor, não para quem tenta evitá-la.
Eu conheci um inferno amplo que me aquecia nas noites de inverno, quando você não estava aqui para acalmar os meus medos. Acalmar? Não, você me fez sentir mais, confesso. Mas eu sempre te amei do mesmo jeito, embora essa palavra me cause vergonha pelo fato de você ter achado ridículo quando eu, vezes ou outras, a pronunciei.
Eu tenho o meu egoísmo e muitas vezes te usei para inventar os meus textos, esconder o seu nome e publicar num blog para admirar os leitores.
Eu sempre fui assim e este é mais um, mais uma dor voluntária que eu lhe permiti causar para ter o que escrever.
Será que fora das palavras eu realmente desejo que as coisas fiquem bem entre nós? Acho que não...
Agora eu estou aqui, gritando para não te responder no chat do facebook. Rezando para não te encontrar na rua e ter que dizer aquele oi que esconde um oceano de desejos.
Eu estou tentando esquecer. Logo eu...
Puta merda, não posso acreditar que isto está acontecendo. Eu poderia até morrer aqui, mas não faria diferença para você, ou faria?
Não vou querer tirar a prova, se é isso que quer saber.
Você alguma vez quis saber alguma coisa? Algo sobre mim e sobre essa forma distorcida que levamos para nos relacionarmos.
Bem, acho que preciso calar a boca agora.

Estou tentando esquecer, lembra?

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