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Cinquenta por cento das pessoas são normais,

quarenta e nove fingem que são, o resto sou eu.

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Falocentricidade:

Quando eu dizia que a grande massa masculina de categoria normativa da sociedade não passava de um mero falocentrismo automatizado.
Ok, já entendi... Quer que eu seja menos Freud e escreva como a professorinha do primário para que os queridinhos possam entender né?
Tudo bem.
Quando eu dizia, bem, isso eu já disse, mas repito. Quando eu dizia (ain que droga!) que nós homens somos “homens” (se você não entende o efeito das aspas sobre as palavras, você está fodido) apenas porque fomos criados para sermos como tal. Que tudo não passa de um processo automático que sintetiza as condições de conviver em sociedade. Porque as tradições sempre sustentaram um padrão de comportamento para os homens que punidos escarniamente seriam aqueles que apresentassem certa “deformidade”.
Eu não tinha argumentos para provar ou pelo menos deixar bem clara a minha convicção de que todo o preconceito que existe nesse mundo é consequencia desse controle.
Controle sim, sabe porque? Porque somos controlados. Estamos sob certo controle até mesmo quando pensamos no direito liberdade.
Uma pessoa pode ser livre se... Se! Já uma condição então não temos liberdade nenhuma, estamos apenas condicionados a uma liberdade imposta, com restrições e normas e ai de nós se perdermos os eixos (ou as pregas)...
É meio complexo explicar para vocês e eu certamente vou falhar se continuar tentando, mesmo porque o conceito liberdade foi usado aqui apenas para introduzir o assunto que intenciono desenvolver.
Então deixe-me continuar...
Já repararam que um homem tem o seu corpo masculino: o aceita e cuida dele, se toca, se sente, se admira, se ama... mas repudia no outro o corpo que tem as mesmas características que o seu?
  E já notaram que as mulheres se abraçam, se beijam, andam de mãos dadas e não se maliciam com tais comportamentos?
Porque isso acontece? Me respondam...
Por favor, releia a introdução desse texto. Parece que ela se encaixa perfeitamente nessa questão, não é mesmo?
Desde que eu me conheço por gente, desde que meus avós e bisavós se conhecem por gente, sempre foi assim. O homem se denominou homo-sapiens e desde então não mudou um único conceito se quer a respeito dessa definição.
Pode parecer justa a afirmação de que ele deve ser “macho”, “dominador”, “viril” ... só que não caramba!
O conceito de ser homem, em pleno século XXI, é tão frágil ainda que qualquer coisa, um mínimo “deslize” e o homem deixa de ser homem.
Não é verdade?
O cara que abraça um amigo ou segura suas mãos por mais de cinco segundos é o que? Veado!
O cara que não olha para as nádegas de uma mulher esbelta que passa diante dele é o que? Veado!
O cara que deixa o cabelo um pouquinho mais comprido é o que? Veado!
Essa palavra “veado” é utilizada o tempo todo e olhando bem, por um sentido contrário a ideia de que isso se relaciona com homossexualidade, “veado” é tudo aquilo que é contrário a condição masculina.
E parece que ser veado, pelo jeito, nos dias de hoje, é mais fácil do que ser homem. Interessante não é?
É justamente essa negação masculina, ou seja, o ato de repelir tudo o que é masculino e esteja fora de si mesmo é que eu não entendo.
Nós homens somos assim, porque fomos criados assim, mas porra! Não está na hora de evoluir um pouco? O mundo masculino é quase que 100% falocêntrico e isso já está me dando no saco.
Até aceito uma explicação mais cabível se esta me for apresentada, mas por enquanto, é assim que penso. Estou certo? Não... Estou apenas dando uma opinião. Dizendo que ser homem hoje em dia é negar tudo aquilo que não seja “coisa de homem”.

É um padrão, uma automatização, uma cultura, uma condição. Mas a verdade? O que realmente seria concreto para a verdadeira definição masculina? É o que estou tentando descobrir.

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