...

Cinquenta por cento das pessoas são normais,

quarenta e nove fingem que são, o resto sou eu.

................................................................................................

................................................................................................

You Miss? I'm Back:

Depois de tanto tempo afastado eu me pergunto como é voltar ao mundo da internet e escrever algo para se postar no Blog.
Como é mesmo?
Talvez eu tenha me esquecido...
Ou talvez a dificuldade esteja justamente aqui, no fato de ter que contar um acontecimento particular ou descrever um sentimento.
Eu não sei fazer isso, ou melhor, sabia, mas não agora, eu simplesmente não consigo.
Sabe quando a coragem lhe falta e o pára-quedista fica na porta do avião, contando até três para pular, repetidas vezes, sem conseguir pular?
Este sou eu agora.
Tenho muito a dizer, mas não sei se devo. Há muito já não compartilho intimidades, se nem comigo mesmo, quanto mais por aqui onde todos podem acessar e descobrir facilmente o que me acontece por dentro.
Sei que o escritor não deve ter medo, medo das indiretas, de alguém se identificar em suas palavras e vir a lhe cobrar depois. Sei que não preciso me esconder nesse casulo de incerteza e apagar cada parágrafo por se tratar ele de alguém ou de algo que me fizeram sentir.
Escrever é justamente isso! É dizer sem nomes citados o que acontece e o que me empurram no campo emocional. Sempre há alguém, sempre e por trás de tudo há alguém, pois ninguém sente o que sente por conta própria.
As pessoas dependem uma das outras para tudo e escrever não é diferente. Então porque eu, Gabriel Myslinsky, o corajoso, está com medo agora?
Medo de contar sobre essa revira volta que minha vida sofreu. Sobre a mudança, sobre a casa nova, sobre minha família que agora está separada mais ainda do que antes.
Medo de dizer que estive sendo preconceituoso com os amigos, me afastando deles pelo simples fato de serem heterossexuais?
Dizer que andei sofrendo para esquecer alguém que ontem descobri estar envolvido com o tráfico de drogas. Que voltei atrás na promessa de me esforçar para não ter que entrar em contato com ele novamente?
Medo de confessar que estou com medo, que não sei o que será de mim de agora em diante, depois da razão ter resolvido tomar as rédeas e calar o coração?
Medo de dizer que desisti. Simplesmente desisti de procurar aquilo que chamam de “amor”, acreditando que todos são iguais e que uma nova história acarretaria o mesmo sofrimento. O famoso ditado “homem não presta”... ?
Então as pessoas não fazem parte do que escrevo? Elas nem podem fazer? Mas o que seria então, escrever sem nada dizer sobre elas?
Medo...
O que mais tenho a perder?
Voltar aqui (na internet) depois de muito tempo vivendo só de relações pessoais, face a face e cara a cara, talvez tenha feito com que eu me retraísse um pouco.
Acho que perdi por um instante a capacidade de ser espontâneo, de não ter medo do que os outros pensam... Bingo! Eu não consigo mais escrever sobre nada nem ninguém...
Isso é tudo, pois descobri que tenho um compromisso agora.

Até mais...

Comentários:

Postar um comentário

 
Gabriel Myslinsky © Copyright | Template By Mundo Blogger |