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Cinquenta por cento das pessoas são normais,

quarenta e nove fingem que são, o resto sou eu.

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Ano Novo - A Vida Continua...


Não vou dizer que uma nova vida começa de agora em diante, nem fazer promessas que sei que não posso cumprir. Não vou pensar que uma mudança insignificante nos números que usamos para medir o tempo vai trazer assim uma mudança realmente radical.
Pois quem disse que o coração é feito de números?
O que aconteceu há cinco ou seis dias atrás não é velho para mim e não será esquecido se eu pensar agora que isso é coisa do ano passado.
Quanta ironia! As pessoas se enganam com essa idéia de “ano novo, vida nova”, porque uma vida nova não começa só porque alguns fogos foram explodidos no céu, ou porque as pessoas se abraçaram como se estivessem nascendo de novo.
Sou bem realista nesse ponto e preciso admitir que os mesmos segredos ainda perduram. Segredos... É até estranho ouvir isso de mim, logo de mim que nunca escondeu nada nessa vida.
Mas existe sim, o que preciso esconder. Porque se eu revelar essa lágrima derramada por alguém, esse alguém vai gostar da idéia, e vai sorrir porque se diverte com isso, e vai fazer mais, e vai me molhar de novo.
Sei que aqueles que plantam lágrimas em olhos alheios não tem ao menos a oportunidade de fazer a colheita, pois se afogam antes.
Mas se conheço um coração que ambiciono conquistar, não quero tê-lo em minhas mãos quando seu dono estiver casado de senti-lo machucado. Eu não quero curar, nem consolar, muito menos ser o incentivo de mudança de alguém que cansou de apanhar da vida.
O que eu quero não vem em conta agora. Porque a vida, de fato, não nos dá o que queremos. Ela conhece nossos desejos e só realiza aqueles que nos fariam bem.
Então é isso. Foi assim que comecei o ano. Sabendo que coincidências não existem e que alguém vai começar a perceber... Sim, é desconexo, mas já disse antes. O que faz parte do segredo vai mesmo ficar subentendido.
Certas pessoas eu cansei de tentar esquecer. Certos buracos eu cansei de tentar tampar. Certas coisas não mudam, para resumir tudo, e eu quero mais é aceitar que tudo gera conseqüências nessa vida.
Planos? Talvez não... A conseqüência de que estou falando não virá de mim, ou melhor, não de novo, de novo e de novo. Porque eu tentarei ser o melhor, mesmo para aqueles que me fizeram o pior.

Que assim seja. Então, Feliz Ano Novo!  (para quem acredita mesmo que algo mudou)

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