O som ligado quase no último
volume, gritando Marilyn Manson, e as janelas fechadas deixam para quem está lá
fora um aviso bem claro: Eu não quero ver, nem falar com ninguém!
Há dias que eu me sinto assim,
sozinho, não por obrigação, não porque estar sozinho é tudo que me resta, mas
por opção mesmo, por não querer fazer parte do mundo por alguns momentos.
Eu respeito todas as pessoas, não
faço mal a nenhuma delas. No meu semblante está sempre aquele sorriso. Mas isso
não quer dizer que eu não odeie, que eu não deteste toda merda que vejo
acontecendo ao meu redor.
Sei que fiz por merecer, sei que
já fui como eles, eu aceito tudo isso, mas até quando?
Hoje estou me dando o direito de
me fechar, preferindo a voz dos meus ídolos que eu não conheço do que os
supostos amigos que poderiam estar comigo agora. Porque não me sinto parte
desse circo e ás vezes até o palhaço cansa de atuar.
Acho interessante esse lado da
vida, este fato eminente e incontestável:
- Já pararam para pensar no
quanto a dor é mais fácil?
Tente sentir dor... Você pode
esmurrar a primeira parede que estiver do seu lado. Pode bater a cabeça em
qualquer lugar e com as próprias mãos pode se agredir.
Mas tente se sentir bem para ver!
Aonde e como vai conseguir?
O ano já começou a se mostrar
estranho e as pessoas já não são as mesmas. Já não querem amor, nem carinho,
nem uma palavra amiga... Minhas companhias estão por aí, algumas enchendo a
cara, outras viajando para bem longe e outras ainda namorando um milhão em
menos de um mês.
Todos se destruindo e eu aqui
querendo fazer alguém feliz.
É ridículo se sentir diferente
nesse ponto. É ridículo sentir que você quer dar amor num lugar onde ninguém
quer saber dele. É ridículo ter que ligar o som no último volume para não ouvir
ninguém chamando.
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